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Isso é muito Alô

Tá Bombando


Manifestação pela igualdade racial movimenta o mundo

Na última semana a #vidasnegrasimportam movimentou as redes sociais e as ruas em todo o mundo. A manifestação ganhou força após a morte de Goerge Floyd, um homem negro que teve o pescoço prensado no chão pelo joelho de um policial branco nos Estados Unidos.

Além de dar voz aos negros, que tantas vezes são silenciados ou esquecidos, a campanha tem sido propagada por artistas e empresas que resolveram se posicionar diante do racismo.

Neste domingo (7), diversas manifestações foram organizadas em cidades do Brasil. Cantores como Mano Brown, Djonga e Thaíde, foram alguns dos famosos que compareceram em protestos. Em várias cidades, os casos do João Pedro e Marielle Franco foram lembrados. Os manifestantes usaram máscaras e outros itens de proteção individual por causa da pandemia do novo coronavírus.

 

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Fomos ao ato, nos somamos a diversos negros e negras na diáspora em luta contra o racismo, tomamos todos os cuidados com a pandemia, uso de EPIs, distanciamento. Somos como médico, mas buscamos a cura do racismo, que há 500 anos é uma ferida que dói na alma e que também não nos permite respirar. Fomos nós que entregamos nos últimos meses milhares de cestas básicas, alimentos orgânicos e material de higiene e proteção, além das orientações. E o Estado o quê? Tiros. Porque foram em casa nos matar, nós fomos às ruas dizer que não queremos morrer nem de vírus, nem de tiro e nem de fome. Não devem ir às ruas aqueles que são do grupo de risco ou convivem com grupo de risco! Fique em casa e divulguem a luta, mas também é preciso entender que muitos não podem ficar em casa e o culpado por isso é o Estado.

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Reprodução Instagram 

 

Além do movimento nas ruas, a luta contra o racismo e o pedido de justiça também ganhou destaque nas redes sociais nos últimos dias. No Brasil, Iza foi uma das primeiras a se posicionar. Em seu Instagram, a  cantora publicou uma foto sua aos 3 anos de idade e um longo texto refletindo sobre sua vontade (e o medo) de ser mãe. “Eu me pergunto se ele também vai passar pelas mesmas coisas que eu passei. Se vão julgar ele pela cor, pela origem, por ser quem é. Se ele vai receber olhares, julgamentos e vai até se questionar se devia estar ali. Eu rezo todos os dias para que meus filhos nasçam em mundo melhor.”

 

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Essa foto é velhinha demais mas morro de amores por ela. Acho que eu tinha uns 3 aninhos na época (me diz aí, mãe). E toda vez que eu olho pra essa foto eu penso: “Como será que meu filhote vai ser?”. Sei lá, essa foto me faz questionar isso mais que outras fotos que tenho aqui em casa. O triste é que ultimamente eu não só me pergunto como ele será. Eu me pergunto se ele também vai passar pelas mesmas coisas que eu passei. Se vão julgar ele pela cor, pela origem, por ser quem é. Se ele vai receber olhares, julgamentos e vai até se questionar se devia estar ali. Eu rezo todos os dias para que meus filhos nasçam em mundo melhor. Um mundo que mereça seus sonhos. Um mundo que simplesmente o deixe viver. Eu oro para que meus filhos não vivam com medo, triste realidade nossa. Minha timeline essa semana estava repleta de manisfestações e do horror que o racismo nos faz viver ainda hoje, em 2020. É inacreditável ainda termos que protestar e gritar que vidas negras importam porque até hoje, mesmo com a linda filosofia de que todas as vidas importam (e sim, todas devem importar), nós continuamos morrendo e sendo resumidos a números. Chega. Nós não queremos morrer. Nós, porque quando um de nós morre todos nós morremos. Nos deixem respirar. E que todos os que estão postando sobre os últimos fatos tenebrosos não façam apenas parte de uma corrente e sim entendam que essa luta precisa de todos nós para ser vencida. Todos os dias. Pelo João Pedro, George Floyd, por todos que se foram e por todos que virão. ✊🏾❤️ #vidasnegrasimportam #blacklivesmatter

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Outro artista que se posicionou foi Bruno Gagliasso. Pai de duas crianças negras, o ator e sua esposa Giovana Ewbank, são vozes constantes contra o racismo. Em suas redes sociais, Gagliasso postou: “Será sonhar muito alto? Um mundo em que todos se enxerguem?

 

Lá fora, Lewis Hamilton, o piloto britânico, seis vezes campeão mundial de Fórmula 1, denunciou o silêncio dos “grandes astros” do circuito “dominado por brancos”. “Alguns de vocês estão entre as maiores estrelas e ainda permanecem calados diante da injustiça”, publicou o piloto da Mercedes. “Ninguém move um dedo na minha indústria, que é um esporte dominado por brancos. Sou uma das poucas pessoas de cor, ainda estou sozinho”, acrescentou o piloto britânico de 35 anos.

Outros nomes conhecidos como Ariana Grande e Lana Del Rey demonstraram seu apoio à causa.  Assim como Katy Perry e Harry Styles, que anunciaram que pagariam a fiança dos que fossem detidos.

 

Para denunciar qualquer ação de preconceito ou discriminação racial, procure a delegacia mais próxima ou Disque 100, a ligação é gratuita e funciona 24 horas por dia e em todos os dias da semana.